A Helena

A HISTORIA DA MINHA VIDA!

Aqui estou eu para contar a história da minha vida.Eu quando era pequena não me lembro muito bem, mas algumas coisas tenho na memória.Quando eu tinha os meus 4 anos eu houve um dia que fugi de casa da minha mãe para ir ter com as minhas primas, elas moravam uns 500 metros da minha casa e lá fui eu sem minha mãe saber ate que uma senhora me viu e me perguntou o que eu andava a fazer ali sozinha, e eu meio envergonhada disse que ia ter com minhas primas, mas a senhora como eu era muito pequena quis levar-me à minha mãe e eu disse que não e fugi dela, a senhora muito assustada foi dizer à minha mãe que eu andava na rua e ia ter com as minhas primas, logo minha mãe veio a traz de mim quando ela chegou a casa da minha tia eu estava no quarto a beber o resto do leite da minha prima, eu era muito comilona e adorava leite, mas no biberão. E fui apanhada pela minha mãe, lembro que fiquei toda chateada mas aquilo passou.Lá pelos meus 5 anos eu ainda bebia leite no biberão e minha irmã como era mais velha, andava sempre a gozar comigo mas eu não ligava e certo dia farta de me ver a beber o leite ela pensou e vai que me partiu o biberão, eu lembro que chorei muito, mas lá fiquei sem o biberão e foi uma maneira para o deixar.Isto é uma das recordações de quando era mais pequena, agora vou contar outra historia já eu tinha os meus 8 anos.Eu nesta altura ia dormir com a minha avó ela tinha ficado viúva e como eu morava perto da casa dela eu ia fazer-lhe companhia.Nas férias de verão o meu primo que vivia nos Açores vinha cá passar ferias, e eu mais as minhas primas andava-mos sempre a gozar com ele, andávamos sempre a chama-lo de açoriano e ele detestava, e vai dai um dia farto de tanto nos ouvir foi buscar uma faca e andava a traz de nos a meter medo e a dizer que nos cortava a língua, bem nós ficamos cheias de medo ate a minha avó ralhou com ele, mas ele coitado não tinha culpa nos é que o picávamos e ele vingava-se dessa maneira…Agora vou vos contar mais uma das minhas histórias, lembro que chegou à altura de fazer a minha primeira comunhão eu tinha um cabelo muito forte e grosso e nessa altura havia nas escolas muitas crianças que tinham piolhos e depois apegavam uns aos outros, eu era uma das sacrificadas e minha mãe farta de me limpar a cabeça disse-me depois de fazeres a primeira comunhão vou-te cortar o cabelo curto e eu não queria mas teve de ser.Bem passados uns meses o cabelo foi crescendo e comecei a ter caracóis no cabelo e ficou muito mais bonito, comecei a ficar mais vaidosa, mas a vida não era fácil, lembro que ia para a escola de manha cedo e quando regressava a casa tinha de almoçar e antes de ir fazer os trabalhos da escola tinha de arrumar a cozinha e lembro que quando lavei o chão da cozinha pela primeira vez foi um desastre era só agua no chão eu mal tinha força para torcer a esfregona mas pronto foi uma tentativa…Quando fui para a telescola comecei a ser mais aberta a muitas coisas, mas nessa altura não se tinha liberdade para nada mas aproveitava-se algumas coisas na escola, lembro dos nosso jogos no recreio eu era uma das melhores a jogar ao ringue e era sempre escolhida em primeiro, adorava jogar ao elástico e ao bate pé esse era o mais giro, e lá passei a minha infância.Bem já estava no ultimo ano da escolaridade obrigatória meu irmão fazia 17 anos no dia 17 meu pai deu-lhe de prenda um moto naquela altura estava na moda os rapazes novos terem uma macal minarel quem tinha uma moto dessa era o maior e como ele andava a estudar de noite e já trabalhava teve uma grande prenda, mas também ia ter uma festa de arromba, ele tinha convidado os colegas dele todos da escola mais a família toda para festejar o dia de anos dele e o mais grave aconteceu era sábado eu e minha irmã andávamos a ajudar a minha mãe a preparar as coisas e ele foi com um colega dele à Benedita para tratar dos documentos da moto e trazer a bicicleta que tinha ficado na loja, quando regressava a casa ele teve um acidente muito grande onde ele ficou muito mal, esteve um mês internado em Coimbra e era muito complicado ir lá porque meus pais não tinham carro nem carta de condução, meu tio e muitas pessoas amigas é que nos levavam ao hospital para ir velo, nesses anos passou-se muitas coisas ruins na minha família logo a seguir ao acidente do meu irmão minha irmã ia ficando sem a mão dela no elevador do trabalho, mais tarde minha mãe teve um aborto já estava grávida de três messes, logo a seguir o meu pai teve internado no hospital para ser submetido a uma operação delicada, mas escapo dela, fez tratamento e não foi preciso ser operado, mais tarde fui eu que me apareceu uma alergia na pele andei também no caminho do hospital mas passou com o tempo.Quando acabei o 6º ano meu pai não me deixou ir estudar mais, porque a vida não dava ,e a deles também não era fácil por isso eu não pude estudar mais, eu também não fugi à regra, e como ia fazer 14 anos tive de ir à procura de trabalho, nesse ano minha avó começou a ficar doente, uma doença grave tinha cancro e já estava bem avançado e naquela altura a medicina ainda não estava tão avançada e minha avó quando caiu na cama nunca mas consegui recuperar e as minhas tias começaram a ir dormir para casa dela e eu voltei para casa dos meus pais, ate que chegou um dos dias mais tristes da minha vida minha avó faleceu dias antes minha tia consegui vir a Portugal para lhe mostrar a neta mais nova dela e minha avó ficou muito feliz.Chegou o dia do funeral da minha avó e eu andava muito triste ate que veio uma amiga da família dizer que tinha um trabalho para mim e depois de o funeral terminar fui saber das novidade, já que não podia estudar ia trabalhar para ganhar algum dinheiro para ajudar em casa.Eu queria era trabalhar para ter algum dinheiro ao fim do mês, fui para uma fabrica de sapatos e era fixe pelo menos eu gostei do que fazia estava ao pé da minha colega a colocar umas fitas nos sapatos, depois de estar já à uns dias a trabalhar comecei a fazer muitas coisas na fabrica desde por cola a ir para os acabamentos colocar contrafortes nos sapatos e embalar me sentia realizada e como já estava na minha fase de adolescência e me queria tornar útil me sentia feliz assim, bem eu hoje pensando nisto me faz rir, era a vida naquela altura «belos tempos».Nesta altura minha vida foi se mudando depois de alguns meses fui trabalhar para uma grande fabrica de sapatilhas, era uma das maiores empresas da zona, lá se fabricava os ténis Adidas, uma grande marca e quando consegui ir trabalhar para lá , fiquei muito feliz, fui para uma sala aprender a cozer numa maquina de costura só passados 2 messes é que fui trabalhar para a fabrica e ai foi uma alegria eu comecei a fazer de tudo um pouco andava sempre a mexer em muitas maquinas e eu adorava, mas a vida não era fácil ia de bicicleta para o trabalho todos os dias e quando chovia é que eu não gostava nada, mas tinha de ser.Nessa altura meu pai não me dava liberdade nenhuma mal podia-mos sair de casa, trabalhava-se de semana e ao fim de semana era ir à missa e não se podia sair de casa mal podia-mos fazer amizades não nos deixavam sair.Eu já tinha os meus 16 anos e pensei que se fosse estudar de noite aproveitava para fazer amigos, e lá convenci o meu pai para me deixar ir e foi uma das maneira para sair um pouco de casa, ate que um dia combinei com os meus amigos de irmos ao cinema, mas sem o meu pai saber e lá fomos ver o filme à Benedita quando vínhamos de ver o filme meu pai me apanhou e tive que contar a verdade quando cheguei a casa ouve «sermão e missa cantada», mas o mais engraçado foi que nunca mais me esqueci do nome do filme “ Olha quem fala” e falou, aprendi que não valia a pena mentir.Dias mais tarde comecei a interessar-me pela música e comecei a ter aulas de música ate que comecei a tocar um instrumento e comecei a ir com a banda da terra para as festas e com o treino comecei a ganhar dinheiro, era fixe, belos tempos…Bem quando eu tinha os meus 17 anos lembro de ir com as minhas primas passar a passagem de ano com ela em casa de um vizinho onde ia muita gente cada um levava um pouco de cada e foi ai que conheci o meu primeiro namorado conhecemo-nos e ele começou a andar a traz de mim ate que chegou a altura de ir pedir ao meu pai para me deixar namorar e lá namorávamos em casa, velhos tempos não podia-mos sair dali passávamos os domingo a ver televisão “que seca”, mas tinha de ser, bem o namoro não deu certo e terminamos, muita coisa ficou por esclarecer, mas é a vida não dá não dá.Nessa altura aqui na terra a equipa de hóquei em patins estava na 1ª divisão e de quinze em quinze dias havia jogos aqui e eu comecei a ir ver os jogos, e mais tarde comecei a ir ver os jogos fora também, num dos jogos em casa me lembro perfeitamente fui com a minha amiga cila ver um jogo e depois do jogo íamos com o irmão dela a um baile, e no jogo quando lá chegamos já estava muita gente e reparamos num rapaz que estava lá a gritar muito pelo Turquel e como não conhecíamos o rapaz estávamos mais atentas e ele desperto-nos a atenção e quando o jogo acabou fomos para o baile e quando lá chegamos esse rapaz estava no baile e ficamos muito intrigadas, e continuamos a ir ver os jogos e ele estava lá, bem um bichinho mexeu comigo ate que um dia eu fui a uma escurçao ver um jogo de hóquei,”nunca mais me esqueci deste passeio” fomos a Barcelos o passeio foi muito bom diverti-me imenso mas na vinda para casa eu passei para o ultimo banco do autocarro quando um rapaz se aproxima de mim e me pergunta – vais aqui tão sozinha, não tens companhia, e eu muito envergonhada disse: -não estou sozinha vai aqui tanta gente, bem e ele lá ia se metendo comigo e eu comecei a olhar bem para ele e vi que aquela cara não era estranha, quando me lembrei, à é o rapaz que eu vi no jogo que não parava de gritar, bem quando estávamos quase a chegar, ele perguntou onde eu morava, a minha idade e se eu namorava, bem aqui foi um interrogatório, mas ate foi giro, e o tempo foi passando isto estávamos no principio do ano, eu ia sempre ver o jogo ao sábado, bem o tal rapaz também estava sempre nos jogos, e começou-se a aproximar mais de mim, uns olhares umas risotas e muito mais, ate que eu soube que ele ia todos os dias jantar ao café uma amiga minha, eu que tinha ficado com um bichinho de curiosidade comecei a ir beber café à noite, só para o ver, bem o tempo foi passando e nos trocando de olhares…Começamos a encontrar no café ate que chegou o dia 14 de Fevereiro e eu fui beber café como de costume e lá estava ele à minha espera, o mais giro é que ele tinha uma prenda para me dar, eu fiquei toda encavacada, envergonhada não sabia o que dizer, quando ele entrega a prenda à minha amiga para ela me dar, porque ele tinha um pouco de vergonha não sabia que dizer, e tinha medo de eu não aceitar, então combinou com a minha amiga em ser ela a dar, como eu aceitei a prenda tinha de ir agradecer a ele, e lá fui.Ele acabou de jantar e eu bebi o meu café, e combinamos de ele me ir levar para casa, bem lá fomos os dois, ele começou por me dar a mão e perguntou: - gostas-te da prenda? Eu muito envergonhada disse que sim, ate que ele parou e perguntou-me: queres namorar comigo? Bem fiquei sem palavras, mas como já havia uma química dentro de mim, já alguma coisa me dizia que estas apaixonada, eu aceitei e ele muito de presa olha nos meus olhos e espeta-me um beijo e eu correspondi, e não deixei que ele me leva-se ate casa, porque os meus pais não sabiam de nada e depois ainda dava confusão, o mais giro foi eu chegar a casa e ter de ir esconder a prenda sem que minha mãe e o meu pai a vissem, mas também pensei, que não dava para esconder por muito tempo. O tempo passou e chegou o dia de pedir namoro aos meus pais, isto de pedir namoro era muito complicado, mas ele lá veio, não queria nada e não gostava nada destas coisas, mas se queria namorar tinha de ser assim.Começamos o namoro ele não tinha ninguém veio de Lisboa morar para Turquel, a família dele são a irmã e a madrinha que moram em Lisboa, mas ele veio de lá fugindo da vida que levava lá, estava farto e um senhor amigo dele que passava muitas vezes por esta zona e conhecia muita gente por aqui, arranjou trabalho para ele e ele foi ficando ate que já estava farto de trabalhar tanto, ele trabalhava num café mais de 16 horas seguidas e teve quase para se ir embora a sorte foi lhe dizerem que o Sº António Livramento estava a treinar a equipa de hóquei, ele ai pensou e veio ver se o via, porque em Lisboa conhecia-o muito bem, e dai ele ter ficado por cá.Fomos nos conhecendo aos poucos e houve uma vez em que ele me fez chorar muito, eu descobri que ele era dependente do álcool, minha mãe queria que eu acabasse com o namoro mas eu como gostava muito dele tentei que ele deixa-se a bebida e pouco tempo depois ele pensou que o melhor era deixar a bebida porque já tinha um passado triste derivado à bebida e assim foi ele deixo, e nos continuamos a namorar.Já namorávamos à mais de 6 meses e ele pediu-me em casamento, eu não sabia que dizer, fiquei toda encavacada, sem saber que fazer disse que ia pensar, dias mais tarde eu lhe dei a resposta que foi um SIM. Depois tinha de contar aos meus pais o que tínhamos decidido ele ficaram um pouco surpreendidos porque achavam que era muito nova, mas eu tinha decidido tomar esse passo eles tiveram que concordar.Começamos com os preparativos; pensar na casa que não tínhamos em datas para o casamento e muito mais…O meu pai começou a ajudar-nos ele tinha uma parte da casa onde dava para recuperar, dava para fazer uma casinha em ponto pequeno, isto foi o que eu pensei, mas achei engraçado, começamos por tentar dividir o espaço que tínhamos, comecei por fazer uma planta da casa.Bem começamos por pensar nos preparativos para o casamento e ele tinha uma irmã em Lisboa e eu não a conhecia, mas o pior é que o meu pai não me deixava ir conhecer a irmã dele porque era muito longe, tinha medo que alguém me fizesse mal… sem comentários… minha mãe me ajudou numa maneira de eu ir conhecer a minha futura cunhada, e pensamos num dia que o meu pai não desse por minha falta como estava quase no final do ano e tivemos uma ideia fixe, no dia 1 de Janeiro era um dia que ele não notava muito, inventamos uma desculpa que eu ia passar o ano com uma amiga minha que ele conhecia bem por isso não tinha motivos para desconfiar.Bem e lá fui eu até Lisboa numa aventura, fomos de autocarro logo de manha cedo uma aventura nunca mais esquecida quando cheguei a casa da minha futura cunhada fui apresentada e tudo correu bem fizemos logo o convite para o casamento, ainda não sabíamos datas, mas já tínhamos previsto para o verão só faltava confirmar com o copo de água mas depois dizíamos a data noutra altura. Confirmado a data do casamento começamos por tarar dos preparativos da casa em remodelar aquele espaço que tínhamos para morar, bem e o tempo foi passando, e estava a chegar o dia do casamento.Bem eu fui escolher o vestido de noiva, o primeiro que vesti foi o que me fascinou, vesti mais uns 3, mas aquele tinha a ver comigo e lá escolhi o que gostava.Lá chegou o dia mais feliz da minha vida os convidados foram chegando a casa dos meus pais e eu fui me pentear para casa de uma vizinha minha, já estava a ser maquilhada e bateram à porta, era a minha mãe a chamar, já estava na hora e o meu futuro marido ainda tinha de tirar as fotos de solteiro em casa dessa vizinha.Ele saiu primeiro para igreja depois foi a minha vez quando cheguei a igreja lá estava ele à minha espera, quando entrei ele começou a chorar…mas depois passou foi lindo, quando saímos da igreja levamos com um banho de arroz e farinha ficamos todos branquinhos, bem eu já esta de branco agora ele ficou com o fato todo malhado, mas depois limaram o fato e quando estávamos para entra no carro apareceram uns poucos e não nos deixaram entra, tivemos que ir a pé, bem foi uma festa vieram todos à rua ver o que se passava, colocaram umas latas presas a nos para fazer mais barulho foi divertido!Chegamos a nossa futura casa levamos os convidados para conhece-la, depois fomos todos para o jantar que foi perto da nossa casa, desarrumaram a nossa casa toda levaram-nos para uma fonte para nos darem banho, bem foi muito divertido.Na semana seguinte fomos de lua de mel, mas que lua de mel, não tínhamos carro e pouco dinheiro, mas tínhamos uma casa no norte que era da madrinha dele e nos deixou ir para lá, bem pensamos em ir de comboio e lá fomos nos, apanhamos o comboio no Valado dos Frades e seguimos numa aventura, saímos era 10.30h para chegar a Seixas, Caminha lá pelas 8 da noite, eu nunca tinha andado de comboio fiquei farta mas tinha de ser, e lá chegamos à terra dele as pessoas quando o viram ficaram muito felizes por ver que ele tinha refeito a vida, e lá passamos uns dias íamos à praia de comboio à noite íamos ate caminha, mas tinha de ser a pé porque não havia transportes e como estava na altura das festas nos íamos aos bailaricos divertir.Bem chegado a altura de terminar as ferias tivemos de regressar, mas também de comboio e o mais bonito é que escolhemos a viagem ate Lisboa para depois irmos visitar a família dele, foi outra aventura viemos de noite e o comboio esta cheio de tropas e não podíamos adormecer, tínhamos medo de ser roubados e rendíamos um ao outro, mas eu era a que dormia mais estava muito cansada, tínhamos passeado muito nesses dias, e lá chegamos a Lisboa de manha cedinho e fomos ter com a família dele contar a nossa aventura, depois voltamos para nossa pois as ferias estavam a terminar e tínhamos de ir trabalhar, e assim foi …E começamos a nossa vida a dois, passado 3 meses pensamos em comprar um carro, fomos a uma loja aqui da terra e compramos o carro mais barato, naquela altura não tínhamos muito dinheiro e nunca mais me esqueci do meu primeiro carro um fiat 127 bem bom, foi muito giro porque tenho historias giras com esse carro que passo a contar.Bem para começar fomos de ferias para o norte pela primeira vez de carro, e levamos o carro cheio ate cheio demais íamos 6 pessoas dentro dele e o mais giro é que partimos de Lisboa bem cedo para não apanhar calor porque se não ainda ficávamos pelo caminho, e naquele tempo levávamos mais tempo a chegar lá só tínhamos auto estrada ate ao porto depois do porto ate caminha era sempre estrada nacional mas fazia-se bem o caminho eu adorei essas ferias no bom sentido e também no mau, passei um mau bocado nessas ferias que vos passo a contar.Bem estávamos à dois dias no norte e eu comecei a ficar toda picada pelos mosquitos nem querem saber eu fiquei toda picadinha ate tive de ir para o hospital e qual o meu espanto que quando lá cheguei reparei que não era só eu estava muita gente como eu ficamos lá quase o dia todo e lá se tinha ido um dia de ferias, mas no outro dia depois de medicada e de ter levado uma injecção de cavalo as picadas foram passado e lá fomos gozando os restos dos dias de ferias.Outra historia gira que se passou comigo foi quando fomos a Viana do castelo visitar santa luzia à ida para lá fui mandada parar pela GNR, termia que nem uma vara porque nunca tinha sido mandada para pela policia desde que tinha tirado a carta mas como tinha tudo bem também não me preocupei muito mas que foi um susto foi, eu nem vi o guarda a bater a pala coisa que eu não sabia que eles tinham de fazer, mas enfim coisas minhas… e assim passaram as nossas ferias chegou a altura de voltar a casa.Bem e muitas historias se passaram começou o hóquei e o Turquel estava na primeira divisão de hóquei em patins e tinha muitas saídas para o norte, e lembro que numa delas tive uma historia gira, era sábado de manha e pensamos em ir ver o Turquel a infante de sagres, era perto do Porto e fui eu o meu marido e mais outro amigo nosso, estávamos a chegar e lembro que cheguei a rotunda da Boavista e partiu-se o cabo de embriaguem, a rotunda estava cheia e eu fiquei sem saber o que fazer mas tentei levar o carro para a berma e sei que parei ao pé de um café, não consegui mais sair dali. O meu marido mais o outro amigo foram logo ver se arranjavam alguém para nos ajudar por mais voltas que deram lá encontraram uma oficina mesmo lai perto, bem foi mesmo sorte mas a sorte melhor foi o senhor ter a oficina aberta porque era para estar fechada, bem com muito esforço lá conseguiram o cabo para o carro e já não deu para ir ver o jogo porque já tinha acabado, e assim metemo-nos ao caminho para casa, quando vínhamos na auto estrada amigos nossos passaram por nos e disseram que tínhamos ganho o jogo, nada mau não fomos ver mas saber que tínhamos ganho já foi bom…O tempo foi passando a vida foi continuando e passeamos muito nas idas em que o Turquel ia jogar fora belos tempos, foi quando eu aproveitei para conhecer melhor sítios que não conhecia…E também gozar um pouco a vida já que em solteira não gozei nada, minhas ferias foram sempre no norte de Portugal terra do meu marido e a qual eu adoro visitar sempre que podia…Bem chegado a altura em que pensamos ter um filho, eu lembro que tinha muito medo de ficar grávida, tinha pânico só em pensar arrepiava, mas tinha de ser nos os dois não éramos nada tinha de vir alguém para nos ocupar mais um pouco…Lembro bem quando planeamos ter nossa filha eu queria muito uma menina ele um menino, mas o que viesse era bom desde que tenha saúde é o principal, e assim foi fiquei grávida logo à primeira vez que tentamos, quando fui fazer as analises e deu positivo foi uma alegria enorme só de saber que tinha um ser dentro de mim, fui ao medico e comecei a ser seguida em consultas de rotina, e quando fui fazer a primeira eco grafia foi lindo nunca mais me esqueci a alegria que foi em ver uma coisinha tão pequenina dentro de mim que lindo, e a minha gravidez corria bem…E quando fui fazer a segunda eco grafia para ver se sabia que sexo era o bebe, meu marido foi comigo , ele queria saber se era menino ou menina, mas quando o medico começou a fazer a eco ele disse logo que era uma menina, eu fiquei tão feliz mas meu marido ficou um pouco triste, mas ficou feliz na mesma , o que nos desejávamos era que ela viesse bem perfeitinha e com saúde. Bem foi uma ano espectacular começou com a minha gravidez que foi sempre muito estável fiz ferias na mesma com uma barriga enorme fomos ao norte na mesma fizemos muita praia, piscina etc…e estava quase a altura da bebe nascer minha cunhada veio passar um fim-de-semana a nossa casa porque estava quase a altura da bebe nascer bem e não é que a bebe decidiu nascer… nessa noite acordei com muitas dores e trataram de me levar para o hospital e a minha Alexandra nasceu nessa manha de domingo dia 29 de Outubro de 1995… Que bom que foi ser mãe pela primeira vez fiquei feliz por ter conseguido passar por uma coisa que tinha medo, e na altura de ter a bebe não pensamos nos medos que temos só queremos que passe depressa o resto fica esquecido…A minha vida mudou muito a partir do dia que minha filha nasceu, mais responsabilidade no meu dia a dia e o tempo foi passando e tivemos que comprar um carro melhor porque o velhinho fiat não tinha sinto a traz e com a bebe não podíamos andar com a cadeira sem sito, e fomos ver carro e acabamos por comprar outro fiat mas era melhor era um fiat punto modelo melhor mais avançado e fomos construindo a nossa vida ate que uma coisa triste aconteceu na nossa vida, meu marido teve um acidente de trabalho, caiu dum telhado a baixo e foi para ao hospital, ele teve um bocado mal e estávamos numa época mal a fabrica onde eu trabalhava estava atravessar uma fase da nossa vida mais difícil e com ele no hospital ainda pior foi um ano para esquecer as ferias ficaram estragadas tivemos que andar no caminho dos médicos a fazer exames para que tudo ficasse bem com ele, eu tive que arranjar outro trabalho porque não recebia a tempo para conseguir pagar as contas e era só eu a trabalhar ele de seguro sem receber nada, andei a procurar outro trabalho e consegui fui chamada para uma fabrica de louça para pintar louça, pensei que era uma aventura que não conseguia, mas tinha de tentar a vida estava difícil…Bem lá fui eu trabalhar e nunca mais me esqueci do meu primeiro dia na fabrica encontrei uma amiga minha que trabalhava lá ate foi giro ela foi uma das pessoas que me ensinou a pintar louça e também conheci pessoas novas com que me associei bem e assim foi passando o tempo e a vida foi continuando, meu marido ficou melhor voltou a trabalhar e a vida se foi compondo…Bem minha filha foi crescendo e na casa onde morávamos foi ficando pequena, não tinha quarto para ela dormir, ela começou por ir dormir a casa da minha mãe assim esta melhor, mas não podíamos viver assim muito tempo, e pensamos em fazer uma casa fiz um projecto da minha casa, era a casa dos meus sonhos tentei construir mas infelizmente o terreno que tinha não dava, meu pai tinha um terreno grande mas eu não gostava do sito porque ficava muito isolada e era no meio de pinhais e eu tinha medo de ter uma casa no meio da floresta…coisas minhas…Bem ate que na nossa terra estava evoluir muitos prédios a serem construídos ate que fomos ver uns que ainda não estavam construídos e gostamos muito tratamos logo dos papéis no Banco para ver se o empréstimo era aceite e finalmente conseguimos ficamos quase dois anos à espera que ficasse pronto.Minha filha andava a pedir um irmão, mas como estávamos à espera que a casa ficasse pronta prometemos que quando fossemos para casa nova lhe dávamos um irmão ou irmã, bem muita coisa se passou nesses dois anos tive uma oportunidade de mudar de emprego fui chamada para ir trabalhar para uma empresa muito grande na Benedita onde meu irmão trabalha e começou mais uma etapa da minha vida fui fazer limpezas para os escritórios, trabalhava por turnos e tinha a hora de almoço muito grande até que arranjei um part-time na hora de almoço a servir num café aqui na hora de almoço, ate foi muito bom porque esse café era perto da minha casa e minha filha tinha começado na escola e tinha que ir almoçar a casa da avó, mas como eu estava trabalhar ela começou a ir almoçar…e assim foi passando o tempo e ele pedia um irmão, mas como eu esta à pouco tempo na fabrica não queria ficar grávida sem ficar efectiva e assim foi passado ano e meio já estava efectiva pensei em ficar grávida pela segunda vez e como da primeira a segunda também foi fácil, foi logo à primeira comecei por ir a consultas de rotina e chegado a altura de fazer a segunda eco grafia a minha filha mais velha foi comigo, ela esta deserta para saber se era mano ou mana.Lá fomos nos ate as Caldas da Rainha fazer a eco, a minha filha esta desesperada para saber o que vinha ai, quando chegou a vez de eu entra ela entrou comigo o medico que estava de serviço brincou um pouco com ela para a por mas descontraída e quando ele viu o sexo do bebe virou-se para mim e disse que era feminino, bem a miúda nãos percebeu nada, ficou ainda mais confusa mas também não se desmanchou, quando saímos do gabinete medico ele perguntou-me, mãe então é menina ou menino e eu comecei a gozar com ela ate que lhe disse que era uma mana que vinha ai, bem a miúda saltou de alegria, depois disse – vez mãe o pai dizia que era um mano e enganou-se.E lá foi passando o tempo a gravidez corria bem e eu também andava bem, e já tínhamos o nome escolhido para a bebe que tinha sido escolhido em família, e foi chegando o momento dela nascer, eu estava deitada e tive vontade de ir a casa de banho qual o meu espanto que mal meto o pé fora da cama as aguas rebentaram, chamamos logo a ambulância e também chamei a minha mãe para vir ficar com a minha filha mais velha para não ficar sozinha.Meu marido foi comigo porque queria assistir ao parto e assim foi eu cheguei ao hospital e nunca mais me esqueci que nesse dia tinha começado mais uma guerra no mundo ate os enfermeiros – olha esta vem a fugir da guerra, bem lá foi passando o tempo e chegado a altura da bebe nascer e lá nasceu perfeitinha e muito gira, minha filha Sofia nasceu no dia 20 de Março de 2003.No dia que minha filha nasceu meus cunhados deram um presente a Alexandra mas que presente um computador, já era velhinho mas dava bem para ela aprender a mexer nele, e eu também comecei a mexer nele, e fui tomando o gosto ate que no ano seguinte pensamos em colocar a net para a Alexandra fazer trabalhos da escola e para falarmos com os meus cunhados e muito mais…Lá pelo meio do ano pensamos em compra um PC novo porque aquele era velhinho e demorava muito tempo a ligar e assim foi lá íamos fazendo a nossa vida normalmente, ate que no ano seguinte meu marido teve um acidente no trabalho e a vida foi-se complicando tinhas as coisas para pagar e o dinheiro era pouco e eu pensei nesse anos em ir de bicicleta para o trabalho visto que a gasolina esta cada vez mais cara e lá ia eu mais uma amiga minha do trabalho a Ana Maria nos já trabalhávamos à muito tempo juntas, e foi passando o tempo ate que eu nas ferias decidi arranjar um trabalho, e consegui fui apanhar peras coisa que nunca tinha feito mas com muito sacrifício lá fui eu nem ferias tive, bem quando o meu marido começou a ficar melhor pensávamos que a vida se ia compor ele arranjou outro trabalho, porque ela não podia ir mais para as obras e consegui ir trabalhar para uma armazém de frutas, e o mais giro é que esses senhores do armazém já tinham sido patrões dele quando ele veio morar para Turquel, e nossa vida começou a compor-se…E quando pensávamos que estava tudo a começar a melhorar, eu comecei a ter muitas dores nas pernas, ficava muito cansada mas nunca liguei pensava que era cansaço do que tinha passado nesse verão, mas as dores não passavam e eu ia sempre obrigando o meu corpo, quando saia do trabalho chegava a casa fazia o jantar e meu marido me esfregava as costas e as per5nas e no outro dia eu estava como nova, mas não foi o que aconteceu eu um dia vou a casa de banho e reparei que estava deitar sangue e não podia ser o período porque o tinha tido à dias a traz, e fui logo ao medico, nos no trabalho tínhamos medico todos os dias e lá fui eu expliquei o meu caso ao medico e ele pensou que era uma infecção urinaria, receitou-me logo um antibiótico e mandou-me fazer analises depois de acabar o antibiótico, e assim foi um fui à farmácia levantar o medicamento logo a hora de almoço para começar a tomar o mais depressa possível, e quando eu tomo o primeiro comprimido eu naquela tarde pensei que me dava alguma coisa porque comecei a ficar mal, agoniada mas pensei que era de ter tomado o medicamento em a seguir ao café, e a noite quando fui a tomar de novo o medicamento fiquei na mesma mal, e assim sucessivamente ate que resolvi ir de novo ao medico e contei o que se andava a passar o medico mandou para com o medicamento e ir fazer as analises e foi o que fiz, fiz a analise e quando veio o resultado fui mostra e o medico disse que eu não tinha nenhuma infecção, eu como nunca mais tinha perdido sangue não liguei mais e fui passando os dias uns melhores outros pior, ate que um dia eu cheguei ao trabalho e mal conseguia respirar e pensei em ir ao medico e quando cheguei perto do medico ele me achou muito abatida e foi me medir a tensão, e quando ele viu que eu tinha a tensão muito alta me perguntou se era normal e eu respondi que não sempre tive a tensão regulada, bem ele passou o medicamento para baixar a tensão e lá fui eu para o local de trabalho na mesma muito cansada mas lá fui aguentado.Bem chegou a hora de almoço eu lembro que mal conseguia comer, mas fiz um esforço e depois como tinha umas coisas para colocar a jeito dos produtos que vendo não fui à farmácia e estava afazer conta de ir no fim de sair do trabalho, porque também nesse dia havia uma reunião da escola da minha Alexandra e eu não queria faltar, bem chegado a hora de eu ir fazer a limpeza aos armazéns lá fui eu e comecei por o armazém industrial, esse ficava na cave e eu quando fui começar a varrer não tinha força nenhuma, mas lá consegui, quando venho para cima eu pensei em ir beber um chá e lá fui eu, mas qual o meu espanto que a maquina não tinha pouco chá, e saiu uma agua meio deslavada, bem quando eu ia a passar ao pé dos meus colegas um deles me perguntou se eu estava bem, eu disse que não mas mostrei o chá para ele e disse que porcaria de chá que me tinha saído, mas lá fui eu tentar beber o maldito chá, e quando eu começo a beber o chá qual o meu espanto que esta a tremer por todo o lado, ai pensei que algo ali estava mal e resolvi ir ter com a doutora Isabel para lhe comunicar que me ia embora porque não me sentia nada bem e que de manha tinha tensão muito alta, bem ela começou logo a dizer que me chamava um ambulância para eu ir ao hospital mas eu como era muito teimosa não quis e ela foi insistindo para eu não ir para casa naquele estado porque podia me acontecer alguma coisa, mas eu respondi que o meu irmão saia as 4 horas e que se eu não fosse capaz pedia ajuda a ele, bem ela lá me deixou sair e disse para eu ir com o meu irmão, mas como eu sou muito teimosa resolvi levar o carro e como tinha o medicamento para baixar a tensão parei na farmácia e pedi ao senhor se me podia medir a tensão e expliquei o que se tinha passado, ele mediu a tensão e viu que realmente esta muito alta e também quis chamar a ambulância mas eu disse que não era preciso, mas ele como viu que eu estava muito teimosa deu-me um comprimido para baixar e fez-me ficar lá um bocado para ver se fazia efeito, bem a tensão tinha baixado um pouco mas ele insistiu em que eu não fosse a conduzir porque era perigoso mas eu disse que ia devagar e que também àquela hora não havia muito transito e lá fui eu para casa devagarinho.Bem quando cheguei a casa da minha mãe mal conseguia falar e respirar, minha mãe veio logo a porta para ver o que se passava, mas eu disse a ela para esperar, quando consegui sai do carro e expliquei o que se tinha passado, ela foi logo me medir a tensão e realmente ainda estava alta e começou logo a dizer que eu tinha de ir ao hospital, mas eu teimosa disse que não, bem ela foi buscar umas folhas nespereira para fazer chá, e eu lá bebi mas passado pouco tempo fui para casa de banho vomitar, e ai é que eu pensei que deveria ir para o hospital, mas antes de ir para o hospital ainda vim a minha casa mudar de roupa e buscar o telemóvel, quando cheguei a casa da minha mãe ai ela chamou a ambulância para ir ao hospital, porque ela esta com a minha filha e não tinha a quem deixa-la, logo que veio a ambulância quando a minha filha viu que eu ia para dentro dela começou logo a chorar e eu também, mas tinha de ser, lembro que fui todo o caminho a vomitar, quando cheguei ao hospital um medico veio ter comigo para ver o que se passava, eu mal conseguia falar mas ele começou a dizer se eu não fala-se ele ia embora, eu fiquei assustada e comecei a chorar e ele veio ter comigo e disse se choras é pior, bem então com muito sacrifício consegui dizer alguma coisa e ele então me mandou fazer um raio x e quando eu vim do raio x e o medico viu mandou-me para uma sala e pediu a auxiliar para me despir e eu ai vi que algo de grave se passava e perguntei a auxiliar, como eu a conhecia pedi para ela me dar o meu telemóvel para telefonar para casa e assim falei com a minha mãe e contei que ia para Leiria e não adiantei mas nada, porque também não sabia o que se estava a passar.Bem lá fui eu ate Leiria com um enfermeiro do hospital lembro que ia de vez em quando a vomitar e quando chegamos a Leiria eu reparei que na ambulância ia o medico também ai eu vi que algo de grava se passava e só sei que entrei por um corredor e levaram-me para uma sala, nessa sala passaram-me para uma maca ou uma mesa eu não sei bem o que era, só sei que comecei a ver muitos médicos enfermeiros à minha volta e sem mais nem menos comecei a ficar com as mãos dormentes e a partir dai nunca mais me lembrei de nada…A partir desse dia 10 de Novembro de 2005 só sei que tudo se apagou para mim pelo que agora sei e me contaram os meus familiares que me ião visitar ao hospital e eu não dizia nada, estava toda entubada e ligada as maquinas, e lá se passaram uns dias, quando eu me lembro que acordei só sei que estava a fazer hemodiálise e quando reparei que estava lá o meu pai a falar e eu sem poder responder, pois estava toda entubada não podia falar.Quando acabei a hemodiálise lembro que me colocaram numa maca e eu comecei a tirar os tubos e fios que tinha ligados a mim, as enfermeiras resolveram amara-me e eu lembro que fiz tanta coisa para conseguir desamarra-me mas não conseguia estava cheia de dores e queria ver me livre de tudo aquilo, mas não consegui, eu estava farta de estar ali e quando vi uma enfermeira apontei para o pulso para ela me dizer as horas e ela disse para eu descansar porque eram 2 da manha, e eu depois disso lembro de ter descansado um pouco e quando acordei já era dia e depois fui levada para os cuidados intensivos e eu comecei a ouvir falar e com as mais chamei uma enfermeira e ela perguntou o que eu queria e eu por gestos não consegui explicar e ai elas trouxeram um quadro para eu escrever e eu ai escrevi a perguntar que dia era, bem elas disseram que era dia 14 de Novembro, só sei que comecei a chorar e elas perguntaram o que se passava e eu escrevi que meu marido tinha feito anos no dia anterior e o que é que eu estava ali a fazer, elas ficaram muito comovidas e viram que eu esta a dar sinais de melhorias, lembrava-me das coisas, depois nesse dia veio o meu marido me ver eu só sei que passei o tempo todo a chorar e ele também não consegui se controlar, meus pais também foram lá e eu sei que estava muito feliz por os estar a ver mesmo não sabendo o que se estava passar, lá fui recuperando, e as enfermeiras nesse dia à tarde retiraram o tubo que eu tinha na boca, foi um alivio mas eu pensava que conseguia falar logo, mas não foi assim, elas diziam que só passado umas horas é que eu começaria falar e assim foi, já não me lembro o que disse mas foi um alivio enorme para mim.No outro dia veio umas senhoras fazer um exame para ver os meus rins e quando ela fez o exame chamou um medico que estava de serviço para ir ver o que se estava a passar, eu percebi que ela tinha visto algo de errado, e fiquei atenta ao que estavam dizer, ela disse que via algo de estranho mais a baixo e pediu para fazer outro exame mas com a bexiga cheia, e assim foi as enfermeiras foram logo tratar de tudo e a senhora veio fazer de novo o exame e quando ela reparou que alguma coisa que estava entre a bexiga e o colo do útero, ai eu comecei a perceber que algo estava mal em mim, mas não me diziam nada.Na mesma tarde eu fui ser vista por um obstreta e ele fez um exame que foi para análise e fez-me muitas perguntas, e eu respondi a tudo e na qual eu percebi que alguma coisa eu tinha mas ainda não sabia de nada em concreto, o medico depois explico por palavras dele e eu mais ou menos entendi.Depois de se terem reunido o medico veio falar comigo para me dizer o que eu iria fazer, ele contou que no exame que tinha feito tinha acusado alguma coisa entre o colo do útero e a bexiga, mas não disse logo o que era porque me estava preparar eu é que ainda não sabia de nada, bem ele contou que eu tinha de ir para Coimbra porque lá eles tinham melhores condições para o meu caso e que me iriam colocar um soda ligada ao rins para os limpar, e eu como estava muito consciente concordei com tudo o que me disseram.No dia 16 de Novembro foi o dia que eu fui levada para Coimbra, mas só fui depois das hora das visitas, meus pais souberam que eu iria ser levada para o serviço de urologia do hospital dos covões e disseram logo que quando lá chegasse para perguntar pelo doutor Fonseca, bem chegou a hora de ser transferida e as enfermeiras que estavam de serviço despediram-se de mim e eu delas, tinha criado uma amizade com todos, e lá fui eu na ambulância com um enfermeiro, durante o caminho ele foi sempre a falar comigo perguntou-me de onde era o que fazia etc.. e eu também lhe perguntei sobre o meu estado de saúde e ele foi-me contado o que se tinha passado e que estava muito ligado ao estado de saúde e que tinha feio tudo para eu ir para Coimbra porque sabia que lá estava uma boa equipa medica para me observar.Quando cheguei a Coimbra ele tratou de tudo, e eu perguntei ao segurança qual era o medico de serviço e ele respondeu que era o doutor Fonseca Santos, bem eu fiquei muito feliz por saber que era ele que estava de serviço e fui levada para uma sala onde estava muitos doentes, e ali fiquei à espera que ele aparecesse.Passado uma hora aproximou-se dói médicos que me perguntaram como é que eu me sentia e eu disse que tinha muitas dores e comecei a olhar para o medico e vi que ele não tinha identificação, e perguntei qual era o nome dele, ele respondeu logo e eu comecei a chorar mal conseguia falar, ele achou aquilo estranho e perguntou o que se passava e eu a chora só lhe perguntei se ele se lembrava de um doente que ele tinha tido à vinte anos com problemas na uretra e que era de Turquel – Alcobaça, bem ele sorriu para mim e disse lembro perfeitamente e eu disse que era irmã dele, bem o medico estava acompanhado por outro medico estagiário e tiveram a ler o meu processo e disseram que eu teria de ir para uma sala para me colocarem uma sonda ligada aos rins e lá fui eu com eles.Depois de me terem colocado a sonda e terem feito uma eco grafia aos rins levaram-me para a urologia e quando lá chegamos não tinha vaga nenhuma na parte das senhoras e eles foram falar com as enfermeiras de serviço para ver se havia alguma solução, bem havia um quarto na parte dos homens que só tinha lá um senhor e pensaram para outro quarto para eu ficar num quarto sozinha.No fim de estar já no quarto veio uma auxiliar perguntar o que eu queria comer, bem eu já não comia à mais de uma e disse logo que sim, ela trouxe uma taça de papa nestun e eu comi tudo se tivesse mais, mais comia. Nesse dia à noite meu marido telefonou para saber se já tinha chegado e se estava tudo bem e para dizer que no outro dia ião me visitar, eu pedi logo para me trazerem as minhas filhas, tinha muitas saudade delas e assim foi no outro dia de manha levantaram-me e assentaram-me numa cadeira para não estar sempre deitada.Chegado a hora do almoço minhas filhas apareceram eu comecei logo a chorar e pequena só dizia – mãe não chora eu estou aqui para dar muitos beijinhos e a mais velha não dizia nada esta feliz por me ver e não sabia o que dizer, estava comovida por tudo o que se tinha passado, começou a contar as notas delas nos testes da escola e a contar tudo o que tinham feito naqueles dias e assim foi o meu dia.Eu fui sendo observada e eles viram que o rim do lado esquerdo também estava afectado e colocaram outra sonda para eles começarem a trabalhar melhor, e ia sempre fazendo analises para ver se tudo voltava ao normal.Eu esta ali no hospital mas sabia que tinha deixado muita coisa em casa para organizar, tal como as contas por pagar, coisas que o meu marido não tratava era sempre eu que mexia nas contas da casa e como esta no hospital comecei a entrar em estado de choque, não tinha dinheiro e cada dia ficavam mais atrasadas, mas a minha mãe começou a tratar de tudo.Eu estava no hospital e recebia muitas visitas todos os dias ate que num dos dias que eu estava mais em baixo recebi a visita de uma senhora para quem eu tinha trabalhado a minha amiga Fátima mais a sua filha e a Margarida, mas o melhor foi quando eu estava a jantar e olho para a porta e vejo muitos colegas de trabalho a entrarem pelo corredor, eu fiquei super feliz, aquele dia foi uma maravilha.Bem eu já estava farta de estar no hospital, mas o medico não me deixava sair enquanto as minhas analises não voltassem ao normal, e assim foi ele marcou uma consulta de ginecologia para eu ser observada do problema que eu tinha no colo do útero, e eu não fazia ideia o que era mas a minha família já sabia de tudo mas não me diziam.Eu fiquei melhor e chegou a altura de vir para casa no dia 9 de Dezembro um mês depois de ter entrado no hospital, quando cheguei a casa tive muitas visitas de muitas pessoas amigas e da família toda, uma das visitas que me marcou foram duas senhoras que vieram me oferece um donativo de um jantar que elas tinham estado presente e que lá falaram do meu estado de saúde e todos foram generosos, elas trouxeram um bacalhau e dinheiro, eu não sabia o que dizer só sei que agradeci imenso, mas na outra semana recebi mais uma visita da Fátima do pingo doce para também me darem um donativo que muitas pessoas doaram para me ajudarem nesta fase da minha vida, só sei que agradeço a todas as pessoas que me ajudaram nesta altura um beijo para todas elas e muita saúde é o que lhe desejo a todos.Chegou o dia da consulta em Coimbra e lá fui eu, quando fui observada pela medica elas falavam mas eu não percebia nada o que estavam a dizer mas depois elas mandaram esperar para ir falar com a equipa toda medica, e assim foi, lá me chamaram e ai é que eu fiquei a saber o que tinha eu fiquei sem palavras, mas não disse nada, elas mandaram fazer uma ressonância magnética para verem melhor o meu estado e marcaram uma consulta para o dia 29 de Dezembro para ver se ficava tudo o mais depressa possível.No dia em que eu ia fazer ressonância eu fui ver as notas da minha filha mais velha à Benedita e fiquei muito feliz porque com tudo o que se tinha passado ela não tinha nenhuma negativa, mas quando regressava para casa minha mãe telefonou-me para eu ir com uma prima minha a casa de uma amiga dela e eu concordei e lá ficou combinado.Minha cunhada tinha cegado para passar o natal em nossa casa, eu cheguei a casa e pedi a ela para ficar coma minha filha para eu ir a casa dessa amiga da minha prima, e lá fui eu, quando lá chegamos essa pessoa perguntou-me como me sentia e eu disse que tinha muitas dores que a perna me doía muito e ela respondeu – ótimo, bem eu pensei mas ela ta a gozar comigo, mas depois ela começou a explicar o que me ia fazer, eu só sei que lhe disse que não podia estar muito tempo porque tinha de ir para Coimbra fazer um exame, e ela disse que ia fazer reike, eu perguntei o que era isso e ela disse se eu queria fazer para ver o que era e eu aceitei, ela começou a fazer só sei que senti uma paz dentro de mim parecia que tudo ali era um paraíso, mas lembro muito bem que quando ela me colocou as mãos em cima da minha barriga eu senti tudo a mexer, bem eu tinha de ir embora para não me atrasar e ficou combinado em eu ir lá no outro dia para fazer outra vez.Bem lá fui eu para Coimbra fazer o exame e sei que me custou muito porque tinha muitas dores na perna esquerda e eu para fazer o exame não me podia mexer durante o exame todo, foi um sacrifício mas eu ultrapassei uma hora deitada na maca sem poder me mexer.No outro dia eu fui ter com a amiga da minha prima para fazer de novo reike, bem eu comecei a adora porque quando saia de lá vinha muito mais aliviada de dores e também gostava do que sentia e via, eu fechava os olhos e lembro que via uma luz amarela a brilhar e desaparecer e depois via o azul do céu muito lindo, eu ficava encantado com tudo o que se estava a passar comigo, e no outro dia fui lá também e vim de lá muito melhor, ate quando cheguei a casa minha cunhada disse que eu já nem parecia a mesma eu fiquei feliz.Chegado o dia da consulta em Coimbra lá fui eu para saber o que o exame tinha acusado, as medicas disseram que o temor já esta bastante evoluído e que se tinha de resolver isto o mais depressa possível e assim foi no meio do mês de Janeiro fui fazer outro exame a Coimbra para serem marcados os tratamentos, quimioterapia e radioterapia, bem ficou tudo marcado para começar no dia 30 de Janeiro de 2006, mas no dia antes aconteceu uma coisas maravilhosa, nesse dia estava muito frio e mal se podia andar na rua por causa do vento, e não é que com o vento depois veio a chuva e depois começa nevar, bem foi maravilhoso já não via neve a mais de 20 anos, fui com as minhas filhas para a rua tiramos fotos e elas brincaram muito, foi lindo inesquecível.Bem no dia seguinte lá fui eu para Coimbra fazer a minha primeira sessão de quimioterapia, eu ia cheia de medo, não sabia se o cabelo me ia cara todo, quando falei com a enfermeira e perguntei se caia o cabelo ela respondeu-me que neste tratamento o cabelo não caia, bem eu sorri e fiquei muito feliz, porque por mais que digam não custa para algumas pessoas eu ara mim penso que deve ser um choque muito grande, pode haver umas que aceitam bem mas também tem outras que custa aceitar, e eu como tinha muito cabelo pensava que era um choque, mas felizmente não passei por ele. A minha primeira quimioterapia não custou nada ate fiquei mais ao menos bem, depois fui fazer a radioterapia. Isso é que eu ia fazer todos os dias durante 33 dias semanais a quimioterapia era so uma vez por semana durante 6 semanas.Lá passaram os dias, eu fui conhecendo varias pessoas com vários problemas e falávamos das nossas experiências e contávamos as nossas vidas uns aos outros, e fiz grandes amigos doentes como a equipa medica que me acompanhava, eles davam muito apoio e assim foi uma parte má da minha doença, mas também foi muito bom porque aprende-se muito nesses hospitais, pensamos que nunca somos capazes de ultrapassar sertãs coisas na vida.O tempo foi passando e acabei os tratamentos e tudo corria bem, depois desses tratamentos ainda estive varias crises de anemia, estive varias vezes internada para recuperar, mas ultrapassava tudo muito bem.Comecei a ir as consulta de rotina e com esperança que um dia tudo ia ficar bem, em Junho de 2006 eu comecei a urinar pela bexiga e telefonei para Coimbra para comunicar aos médicos o que se estava a passar, eles mandaram me ir lá logo nessa semana e eu nesse dia fui logo preparada para ficar internada, pois eu queria ver-me livre das sondas e lá fiquei eu eles tiveram a estudar o meu caso e resolverem me operar, colocaram uma sonda, mas correu mal porque só conseguiram colocar de um lado, os médicos quando me disseram eu entrei logo em estado de choque não queria acreditar no que estava a acontecer, mas tive de aceitar. Eu fiquei melhor e vim para casa com um dos drenos fechado e com remédios para tomar, bem passado 4 dias eu comecei a ter muitas tonturas vómitos e perdas de visão, telefonei logo para Coimbra e o medico mandou suspender o antibiótico que estava a tomar e para ver se passava, passado dois dias eu mal conseguia comer tive de ir para o hospital, e lá fiquei eu internada de novo tiveram que ligar o dreno porque as analises já estava a um nível muito acima do normal e para me retirarem a sonda que tinham colocado, depois de alguns dias tudo começou a normalizar.Já estávamos no final de Julho e eu ia buscar minha filha mais nova a cresce e fui para casa da minha mãe jantar com as minhas duas filhas, e estávamos a mesa a petiscar nozes, eu e a minha mãe e Sofia minha filha mais nova, e a pequena começa a cair para cima de mim eu gritei logo a minha mãe veio logo o meu pai também e tudo gritava eu só tive tempo e coragem para ir chamar a ambulância, mas a minha filha mais velha só gritava e eu não podia fazer mais nada salvar, a miúda foi para o hospital e só quando chegou ao hospital é que ela acordou e veio a ela, ela entrou no hospital já a falar e os médicos disseram que ela tinha tido uma convulsam de febre, bem a menina no dia seguinte veio para casa e eu fui com ela ao medico de família para lhe comunicar o que se tinha passado e o medico mandou ela fazer um exame na qual esse exame deu negativo, estava tudo bem com a menina, eu fiquei feliz.O tempo foi passando e chegou ao dia do meus anos foi lindo estive a casa cheia de amigos do meu trabalho, eles nunca me deixaram, de vez em quando vinham me visitar e esse dia não fugiu a regra, foi lindo.De mês e meio em mês e meio eu vou Coimbra mudar as sondas e como já esta tão farta de tudo perguntava aos medico como é que era a meu estado de saúde, eu queria ver me livre das sondas e já estava farta delas, mas eles só diziam estavam a estudar o meu caso, e queria saber mais do meu temor como é que tinha evoluído o caso e assim foi, eu fui a uma consulta de ginecologia e os médicos ai me disseram que da parte do temor estava estabilizado e eu fiquei muito feliz, mas também já esperava por isso porque em me sentia bem e nunca mais tinha tido recaídas. No dia 14 de Novembro de 2006 um ano depois de ter ficado doente fui de novo mudar as sondas como normalmente ia visitar os enfermeiros eu achei que algo de estranho se passava mas pensei que era de mim, mas quando eu entro no corredor qual o espanto de uma auxiliar começa a dizer para a outra – olha é mentira a helena esta ali, bem eu comecei a sorrir e perguntei o que se passava e ela contou que tinha corrido o boato que eu tinha morrido, mas pediu desculpa por eu estar a saber daquela maneira. Eu naquele dia fui ter com o medico para lhe perguntar o que me ia acontecer, e também lhe comunicar que os médicos tinam dito sobre o temor. O médico olhou para mim e disse que ate ver não havia solução e que iria ficar com as sondas para o resto da minha vida, bem eu fiquei sem palavras mas só perguntei a ele o que seria de mim porque com as sondas não poderia trabalhar, pois ele disse que eu tinha de aceitar e que tinha de pensar no futuro de uma maneira diferente. Eu aceitei, pois tinha de ser mas perguntei-lhe como era se não podia trabalhar, então ele passou-me os papéis para eu tarar de reforma.O natal chegou mais uma vez os meus cunhados vieram passar connosco mais um natal e é sempre bom estarmos todos reunidos.O novo ano começou e eu fui chamada para ir tirar o 9º ano, no qual me foi dito que um dos trabalhos que tinha de apresentar era a história da minha vida, e assim aqui estou eu contando a minha vida, estou a adorar e quero realizar este projecto. E quero concretizar um dos meus projectos para o meu futuro, visto que agora tenho mais tempo e não posso trabalhar mais na fábrica, assim vou fazendo os meus bordados na qual eu adoro fazer e espero fazer muito mais…Adorei contar um pouco da minha vida espero que tenham gostado…

Fim

A Helena

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

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